Muito dinheiro, e dinheiro vivo que jorra do tráfico, nas ruas do Brasil e agora em Portugal. Se antes as fronteiras do Brasil eram suficientes, deixaram de ser. O mercado europeu e Portugal entraram na rota para ficar.
“O preço da cocaína, no consumo na Europa é quase 80 vezes o preço que é praticado aqui [Brasil]. Depois que eles perceberam isso, a prioridade é efetivamente se estabelecer de alguma forma na Europa”, refere o Coronel Souza Lopes, Chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar do Brasil.
Para fazer circular o dinheiro do tráfico e controlar a distribuição na Europa, os traficantes recrutam novos membros de dentro das prisões portuguesas.
“A gente tem uma base de dados relativamente segura a respeito de pessoas que operam fora do país [Brasil]. Pessoas que nós sabemos que têm ligações ao PCC aqui na Europa e em Portugal. Brasileiros, portugueses e não brasileiros e não portugueses”, acrescenta.
Essas informações também foram confirmadas pela imprensa em Portugal, com uma fonte judicial. Autoridades brasileiras e portuguesas compartilham e atualizam com regularidade os dados.
A lavagem de dinheiro é feita através de empresas de fachada. Souza Lopes, coronel e líder do Centro de Inteligência da Polícia Militar do Brasil, combate há décadas o PCC – “Primeiro Comando da Capital”, uma das mais perigosas organizações criminosas da América Latina.
Avisa que tal como no Brasil, o recrutamento de portugueses é feito dentro das próprias prisões onde já foram sinalizados alguns membros. Marcola, histórico líder do PCC, apesar de preso em Brasília há 25 anos depois de condenado a penas que somam mais de 300, continua a liderar, de dentro da cadeia, uma organização criminosa altamente hierarquizada.
Segundo as autoridades brasileiras, o PCC não para de crescer conta com mais de 60 mil operacionais e mantém com a máfia italiana estreitas relações – Portugal entrou na rota.
Da Redação Na Rua News
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