A ministra Nísia Trindade declarou emergência em saúde pública para oferecer ajuda sanitária aos povos que vivem no território Yanomami, em Roraima. A titular da pasta assinou a medida nessa sexta-feira, 20, quando a portaria foi publicada em edição extra do ‘Diário Oficial da União’.
De acordo com a reportagem veiculada em toda imprensa, desde o começo da semana, técnicos do Ministério da Saúde estão na terra indígena, onde habitam 30,4 mil pessoas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciaram que visitarão Roraima, neste sábado, 21, para acompanhar as ações diante da crise humanitária dessa população.
Quatro ministérios – Povos Indígenas, da Saúde, da Justiça e Desenvolvimento Social – estão envolvidos nas articulações para ajudar os indígenas.
“Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomamis em Roraima. Amanhã (neste sábado) viajarei ao estado para oferecer o suporte do governo federal”, declarou Lula nas redes sociais.
Devastação na Terra Yanomami
Em abril de 2022, a Hutukara divulgou relatório com o cenário da invasão de garimpeiros ilegais dentro da Terra Yanomami. O resultado: avanço de 46% do garimpo ilegal em 2021 na comparação com o ano anterior. Ao todo 273 comunidades são diretamente afetadas pelo crime – o equivalente a 56% da população total do território.
A Terra Indígena Yanomami é a maior reserva do país. São mais 10 milhões de hectares distribuídos no Amazonas e Roraima, onde se concentra a maior parte. Quase 29 mil indígenas vivem na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades. A HAY estima que há pelo menos 20 mil garimpeiros explorando ilegalmente a reserva.
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