A Polícia Civil de Minas Gerais deve concluir na próxima semana o inquérito sobre a morte de um segurança do Tribunal de Justiça, em abril de 2022. Renato de Souza Amorim, de 44 anos, foi confundido com um adolescente e morto com diversos disparos de arma de fogo. O crime aconteceu no bairro Paulo VI, na região Nordeste de Belo Horizonte.
“A prisão do autor, conhecido pela alcunha de Gigante, aconteceu em 15 de novembro do ano passado após várias diligências e um extenso trabalho de investigação. Já na segunda fase da operação, em 12 de janeiro, prendemos outros dois suspeitos de envolvimento no crime”, explicou o delegado Leandro Alves, da Delegacia de Homicídios da Regional Leste.
Os suspeitos, de 26, 29 e 20 anos foram presos e encaminhados ao presídio de Vespasiano, na região Metropolitana de Belo Horizonte. Se indiciados, eles poderão responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por dificultarem a defesa da vítima.
Relembre o caso
Na madrugada de 15 de abril do ano passado, o suspeito conhecido como Gigante estava em um bar do bairro Paulo VI. Segundo relatos, ele havia feito uso de drogas e bebidas alcoólicas e estava bastante alterado, chegando a provocar os outros frequentadores do bar e a assediar uma mulher que estava no local.
Neste momento, um adolescente, de 16 anos, não gostou da situação e foi tirar satisfações com o homem. Este, por sua vez, revidou e expulsou o adolescente do local. Há suspeita de que os dois já tinham desavenças anteriores ao crime por disputa pelo tráfico de drogas na região.
O adolescente, então, voltou ao bar com outros comparsas para agredir o Gigante. Após a confusão, o adolescente saiu do local. O Gigante, enfurecido, ligou para dois primos, que viviam em Vespasiano, na região Metropolitana, para que eles o ajudassem na vingança.
Ao chegarem de carro no bairro Paulo VI, o trio saiu à procura do adolescente e da gangue que teriam agredido o Gigante. Ao passarem por uma praça e avistarem um homem com características semelhantes, além de roupas parecidas com as que o adolescente usava, o Gigante saiu do carro e atirou com ele. Outras pessoas que estavam no local gritaram dizendo que “não era ele”, ao tentarem impedir que Renato de Souza Amorim fosse morto injustamente. Apesar do pedido, ele morreu. O trio, ao perceber o equívoco, fugiu do local.
O adolescente também foi ouvido pela polícia, mas, por não ter envolvimento com o homicídio, foi liberado. Ainda segundo a Polícia Civil, todos os três suspeitos já tinham passagem por outros crimes.
Da Redação Na Rua News / com informações de O tempo
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