A coordenadora de articulação política do gabinete de transição e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta segunda-feira (21) que o programa Bolsa Família fique fora do teto de gastos de forma permanente. No entanto, salientou que a decisão dependerá do Congresso Nacional.
“Isso vai depender da questão do Congresso. Meu entendimento é que não tenha prazo. Se a gente quer tratar de combater a pobreza. tirar o povo da miséria, fazer desenvolvimento social, a gente não pode ter soluções momentâneas”, declarou.
A fala vem na esteira da discussão entre o governo de transição, deputados e senadores sobre a chamada PEC da Transição, que abre espaço fora do teto de gastos para compromissos de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A proposta propõe a excepcionalização de gastos do Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) com valor de R$ 175 bilhões e sem prazo de validade para garantir o pagamento do benefício de R$ 600, com adicional de 150 reais por criança até seis anos.
Também segunda-feira (21), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da equipe de transição do presidente eleito Lula (PT), afirmou que a PEC da Transição deve retirar o Auxílio Brasil do teto de gastos durante os próximos 4 anos, e não mais por tempo indefinido, como sinalizava a versão inicial da proposta e defende Gleisi.
“Quatro anos é uma das nossas formulações. Eu acho que em especial, programa de bolsa deveria ser aberto permanentemente. […] Mas quatro anos é o mais provável”, disse Randolfe.
Da Redação Na Rua News
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