A Mobilização
Na madrugada, por volta das 5h30, um grupo estimado de 100 indígenas e apoiadores, vindos da Terra Indígena do Jaraguá, se posicionou na rodovia com banners protestando contra o PL 490 e materiais inflamáveis, bloqueando a via com pneus em chamas. Os manifestantes, incluindo mulheres, homens e crianças, uniram-se em cânticos tradicionais, criaram barreiras com escudos de bambu e estenderam faixas manifestando sua oposição ao projeto.
Impacto no Trânsito
A Autoban, concessionária responsável pela rodovia, registrou congestionamentos nas duas direções da Rodovia dos Bandeirantes e também na Rodovia Anhanguera. Apesar do bloqueio, alguns veículos, incluindo motocicletas e um veículo da Secretaria da Saúde, conseguiram passar pela pista lateral.
Negociações em Andamento
A Polícia Militar chegou ao local por volta das 6h, e após duas horas de protesto, um acordo foi alcançado para permitir a passagem de motociclistas, ambulâncias e indivíduos afetados pela fumaça. Este acordo, intermediado por advogadas da Comissão Guarani Yvyrupa, também resultou na abertura de uma das cinco faixas da rodovia.
O PL 490 e suas Implicações
A manifestação é uma resposta dos povos indígenas à possível votação do PL 490. A aprovação do projeto de lei representaria, segundo os manifestantes, uma “mudança na história do Brasil”. Matheus Werá, líder indígena, destacou a importância da mobilização, dizendo que “é a guerra que a gente vai lutar”.
O Futuro do Projeto
Se aprovado, o projeto do marco temporal avança para votação no Senado, podendo ainda retornar à Câmara dos Deputados antes de ser sancionado pelo presidente. A proposta vem sendo criticada por ambientalistas e entidades do setor, que veem possíveis brechas para atividades como garimpo, agropecuária e contratos com a
iniciativa privada em terras indígenas.
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