Influencer Big Jhow é preso por desobediência durante operação que investiga sorteios ilegais no DF e em MG
Agentes começaram a cumprir mandados de busca em apreensão no DF e em Minas Gerais; no entanto, um suspeito resistiu à ordem e acabou detido. Carros de luxo, avaliados em R$ 5 milhões, também foram apreendidos.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), uma operação que mira dois influenciadores suspeitos de sorteios ilegais de carros e lavagem de dinheiro. Os agentes começaram a cumprir dois mandados de busca e apreensão em Vicente Pires, no Distritro Federal, e em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Um dos alvos é o influenciador Elizeu Silva Cordeiro, conhecido como “Big Jhow”. Não havia mandado de prisão contra ele, mas o jovem acabou detido em MG por desobediência, após se recusar entregar carros para os agentes que cumpriam os mandados. Elizeu foi candidato a deputado estadual pelo Solidariedade-MG, nas eleições deste ano, mas não se elegeu.
A ação faz parte da 2ª fase da Operação Huracán, deflagrada em março deste ano (veja detalhes abaixo). Dois veículos da marca Lamborghini, avaliados em R$ 5 milhões, foram apreendidos.
De acordo com a Polícia Civil, um deles seria sorteado no sábado (12) e foi exibido nas ruas do DF pelo youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o “Klebim”, já denunciado por esquema de rifas ilegais. Até a manhã desta quinta, o site da rifa ainda estava ativo, e a cota custava R$ 24,90.
No estado mineiro, os agentes apreenderam uma lancha e um jet ski, avaliados em R$ 700 mil. Também foram bloqueados R$ 12 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.
Esquema de rifas
Segundo as investigações, entre outubro de 2021 e maio deste ano, o grupo promoveu a lavagem de R$ 12 milhões, obtidos por meio das rifas ilegais, por meio de empresas de fachada.
A polícia afirma que os influenciadores utilizavam um site para a venda dos sorteios e dissimulavam os valores arrecadados em três empresas de fachada, em Taguatinga, no DF, e em Contagem, em Minas Gerais.
Segundo a polícia, as rifas são ilegais porque a distribuição de prêmios por meio de sorteios deve seguir uma série de regras estabelecidas pelo Ministério da Economia, o que não era feito pelo grupo.
Operação Huracán
Em março deste ano, a Polícia Civil deflagrou a primeira etapa da Operação Huracán, para investigar um esquema criminoso voltado à prática de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Kleber Moraes, o influencer Klebim, foi preso e acabou solto cinco dias depois.
Outras três pessoas também foram detidas na operação. A polícia afirma que eles são associados e amigos do influencer:
Pedro Henrique Barroso de Neiva, de 37 anos
Vinícius Couto Farago, de 30 anos
Alex Bruno da Silva Vale, de 28 anos
As investigações apontaram que o grupo movimentou cerca de R$ 20 milhões entre 2021 e 2022. As apurações tiveram início após o recebimento de uma denúncia pela Polícia Civil.
Segundo os investigadores, os veículos rifados eram preparados com rodas, suspensão e som especiais, e os sorteios eram anunciados em um site. Como possuíam muitos seguidores, os investigados vendiam facilmente as rifas, segundo a polícia.
Em setembro, o Ministério Público denunciou Kleber e outras nove pessoas pelo esquema. Segundo a denúncia, Kleber, Pedro Henrique Barroso de Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale “tinham plena consciência da ilicitude”. Os quatro foram denunciados por exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Outras cinco pessoas, apenas por lavagem de dinheiro.
Em nota, a defesa do grupo disse à época que, a partir da denúncia, eles “passam a exercer o direito de defesa, quando poderão mostrar que não houve organização criminosa, nem lavagem de dinheiro”. Ainda segundo os advogados, os investigados faziam os sorteios pela loteria federal e não deixaram de entregar os prêmios.
Por Sthefanny Loredo e Iana Caramori, g1 DF e TV Globo
Lian é um jornalista com vasta experiência no jornalismo. Profissional multiplataforma com mais de 15 anos de atuação, como repórter trabalhou nos principais veículos de comunicação do Brasil.
TV Centro América, TV Gazeta, Inter TV, são algumas, ambas afiliadas da TV Globo.
Além da TV Lian passou pelo rádio, foi apresentador de programa jornalístico em horário nobre do rádio, escreveu para portais de notícias de notória expressão no pais, podemos citar o G1 MT.
Com olhar sensível e faro apurado o jornalista renomado agora faz parte da equipe do Portal de notícias "Na Rua News" e atua como jornalista Correspondente em Portugal. (Numero de registro na CCPJ JE-254)
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