O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, será ouvido nesta quarta-feira 26/02, no parlamento a respeito dos dados sobre criminalidade em Portugal.
Luís Neves vai responder às perguntas dos deputados da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, em resposta a um requerimento da Iniciativa Liberal, que busca “esclarecimentos sobre o real estado da criminalidade em Portugal”.
Esta audição foi solicitada após o diretor nacional da PJ afirmar, durante a conferência sobre os 160 anos do Diário de Notícias realizada no mês de janeiro, que o sentimento de insegurança é gerado pela desinformação e que essa percepção não se confirma com os dados.
Quanto às detenções, Luís Neves esclareceu que, atualmente, o crime mais comum é o furto simples e qualificado, seguido de casos de violência doméstica, e rejeitou a ideia de que os estrangeiros sejam responsáveis por níveis significativos de criminalidade.
“Em 2009, tínhamos 631 estrangeiros” num universo de 400 mil imigrantes, e no ano passado, com mais de um milhão de estrangeiros residentes em Portugal, o “índice de detidos é o segundo mais baixo” desde o início desse tipo de contagem, explicou.
Ao falar sobre os detidos em Portugal, Luís Neves ressaltou que, excluindo os estrangeiros provenientes de países europeus, africanos e latino-americanos – que estão relacionados a crimes sem vínculo com a imigração – os números são bem baixos.
Nas prisões portuguesas, há 120 pessoas originárias de países asiáticos, em um total de mais de 10 mil reclusos, explicou.
“Qualquer número de crime é preocupante e é algo que nos leva a todos a refletir sobre quais são os melhores modelos para reduzir” a criminalidade, especialmente a criminalidade violenta, destacou ainda.
Da Redação Na Rua News
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