Além da conscientização sobre saúde mental, setembro também é o mês do coração, que visa conscientizar a população a respeito dos problemas cardiovasculares. E no Brasil essa conversa é urgente, já que, segundo dados do Ministério da Saúde, doenças do coração são responsáveis por 30% dos óbitos no Brasil.
E não para por aí: relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, 45% dos adultos entre 30 e 79 anos no país são hipertensos, isto é, 50,7 milhões de pessoas – a média global é 33% – e desse total, 62% possuem o diagnóstico, mas apenas 33% estão com a pressão controlada.
Além da hipertensão, a falta de cuidados pode levar a sérios problemas, como infarto, e insuficiência cardíaca. Problemas que podem ser impulsionados pelo tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e estresse.
Para manter o coração saudável, é essencial adotar um estilo de vida equilibrado, com uma alimentação saudável e práticas de atividade física regularmente, como caminhadas, que melhoram a circulação, e de relaxamento, como a meditação e ioga. Outro hábito importante é o monitoramento da pressão arterial, para detectar precocemente possíveis problemas.
Cuidados desde o berço
O principal exame cardíaco recomendado para bebês é o teste do coraçãozinho, que é realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento e tem o objetivo de detectar precocemente cardiopatias congênitas críticas, que são malformações do coração presentes desde o nascimento.
O exame é simples, indolor e não invasivo, feito com um sensor colocado na pele do bebê, que mede os níveis de oxigênio no sangue. Se houver alguma alteração, o bebê pode ser encaminhado para exames mais detalhados, como o ecocardiograma, para uma avaliação mais aprofundada.
Eles versus elas
Embora as doenças cardíacas possam afetar tanto homens quanto mulheres, existem diferenças importantes nos fatores de risco e nos sintomas apresentados por cada gênero. Nos homens, os problemas cardíacos costumam se manifestar mais cedo, geralmente após os 45 anos, e estão frequentemente associados ao infarto do miocárdio. Sintomas como dor no peito, falta de ar e suor excessivo são mais comuns e evidentes.
Por outro lado, as mulheres costumam desenvolver doenças cardíacas mais tarde, por volta dos 55 anos, após a menopausa, quando a proteção natural dos hormônios femininos começa a diminuir. Além disso, os sintomas nas mulheres podem ser mais sutis e atípicos, como cansaço extremo, náuseas e dores nas costas ou mandíbula. Isso faz com que muitas vezes as mulheres demorem mais a procurar ajuda médica, aumentando o risco de complicações graves.
Prevenção via monitoramento da pressão arterial
A hipertensão arterial, ou pressão alta, é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e acomete quase que 50% da população, que muitas vezes sofre da doença sem saber, pois ela pode ser assintomática por muitos anos. Por isso, o monitoramento regular da pressão arterial é fundamental.
“Com o avanço da tecnologia, é possível medir a pressão em casa com aparelhos automáticos de fácil manuseio. Estes dispositivos permitem um acompanhamento mais frequente e ajudam na detecção precoce de alterações na pressão, possibilitando intervenções rápidas e eficazes.
Porém, é importante escolher aparelhos devidamente certificados e calibrados, além de seguir as orientações do fabricante para garantir uma medição precisa.
Setembro é um lembrete para que todos dediquem mais atenção à saúde do coração. Pequenas mudanças no dia a dia, como adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos, controlar o estresse e monitorar a pressão arterial, podem fazer uma grande diferença na prevenção de doenças cardíacas.
É preciso estar atento aos sinais que o corpo dá e buscar orientação médica regularmente. Afinal, cuidar do coração é cuidar da vida.
Da Redação Na Rua News
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