O Atlético será julgado pelo TJD nesta terça-feira (27) por conta dos gritos homofóbicos da torcida no clássico contra o Cruzeiro, na Arena MRV, dia 3 de fevereiro. Com isso, o Galo corre o risco de ser expulso do Campeonato Mineiro.
A reportagem teve acesso à denúncia, assinada pelo procurador Felipe Bartolomeo Moreira. Ele leva em consideração o que o árbitro da partida, Paulo César Zanovelli, relatou em súmula.
Torcedores do Atlético entoaram gritos homofóbicos contra o goleiro Rafael, do Cruzeiro, enquanto o defensor cobrava o tiro de meta.
“Pode-se ouvir detidamente esta entoação no vídeo enviado em anexo como prova que é um cântico de torcida e não de um torcedor isolado”, escreveu o procurador.
Por isso, o Atlético foi denunciado pelo artigo 243-G, do CBJD (Art. 243-G Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência).
Além de pedir a aplicação de uma multa, o procurador também fala sobre a possibilidade de exclusão da equipe desta edição do Campeonato Mineiro. O Galo também pode perder pontos ou mando de campo.
“No momento da aplicação da pena, além da aplicação da multa descrita no art. 243-G, pleiteia-se a EXCLUSÃO do Atlético Mineiro SAF do campeonato, nos termos do art. 170, XI do CBJD, subsidiariamente, pleiteia-se a perda de pontos e perda de mando de campo, nos termos do art. 170, V e VII, ambos do C”, escreve.
Histórico do Atlético
Em 2022, o Galo foi punido após jogo contra o Flamengo. Naquela partida, a torcida entoou um canto considerado homofóbico, mas o árbitro não relatou na súmula. O Flamengo enviou uma denúncia ao STJD alegando gritos “homofóbicos, misóginos e machistas” da torcida.
No julgamento, o advogado Theotonio Chermont defendeu o Atlético dizendo que “o politicamente correto está chato demais. As palavras são muito mais para xingar do que para ser preconceituoso”.
Apesar disso, o Galo foi condenado a pagar uma multa de R$50 mil. O clube chegou a recorrer da decisão, mas a pena foi mantida.
Da Redação Na Rua News
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