Ao fundo, o Corcovado com o Cristo Redentor em um dia de sol e céu azul. Em primeiro plano, de óculos escuros, sem camisa e apoiado sobre a borda da piscina na cobertura do triplex em que mora, na Lagoa, está Sérgio Cabral.
Condenado a 400 anos de prisão por lavagem de dinheiro, corrupção passiva, corrupção ativa, evasão de divisas e fraude em licitação, o ex-governador do Rio de Janeiro dá dicas de filmes que o “emocionaram muito” e que valeriam a pena ser vistos no fim de semana.
Na lista, três clássicos do cinema: o norte-americano “Blade Runner”, o italiano “Cinema Paradiso” e o brasileiro “Eles não usam black tie”. Cabral faz um resumo de cada um deles e ainda orienta em quais plataformas de streamings encontrá-los. “São três grandes filmes. Para pra vê-los”, recomendou.
Solto, mas com tornozeleira eletrônica
Em meio a apresentações mensais à Justiça, Cabral, que passou 6 anos e 1 mês – ou 2.223 dias – preso entre Curitiba e o Rio -, se dedica agora a mostrar sua rotina de treinos de boxe, das dicas culturais e de lazer e a fazer comentários sobre a política do Estado nas redes sociais. Tudo isso enquanto recorre às mais de 20 condenações que, somadas, levam à pena secular.
A tornozeleira eletrônica que o monitora como medida cautelar desde que saiu do regime fechado para o domiciliar, no final de 2022, até ser posto em liberdade, em 2023, não aparece.
Neste sábado (18), o anfitrião da emblemática “farra dos guardanapos” de 2009, em Paris, apareceu em um parque da cidade, de onde orienta as pessoas a explorarem os espaços públicos que, segundo ele, teriam recebido investimentos em seu governo. “Não há nada mais sábio do que se reconectar com a natureza. E é o que eu tô fazendo aqui agora”, declara, sobre o som instrumental de Corcovado, de Tom Jobim.
‘História política e experiência na prisão’
Sérgio Cabral criou um perfil pessoal no Instagram em março de 2023. E é por meio dele que tem se mostrado em postagens voltadas aos quase 49 mil seguidores. De acordo com o ex-governador, a intenção de se fazer presente nas redes sociais é “passar um pouco de sua história”, seja de vida pública e também da passagem pela prisão”.
“Hoje começamos um relacionamento aqui pelo Instagram. Minha intenção é passar para vocês um pouco da minha história nos mais de 30 anos de vida pública e também falar sobre a experiência dos 6 anos e 1 mês de prisão. Espero que vocês gostem e que seja uma troca positiva”, escreveu Cabral na primeira postagem há quase 2 anos.
Da Redação Na Rua News
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